sexta-feira, 25 de junho de 2010

Eu sou do tempo

• Não existia orkut, Messenger no Irc

• Mc donalds custava R$4,50

• Do tempo do Iô-Iô da Coca-Cola

• Tempo do Topa Tudo por Dinheiro

• Existia chiquititas e não rebeldes, Existia Carrossel e não Chiquititas.

• Existia Disney club / Cruj.

• Jaspion, Jiban, Jiraya e Black Kamem Rider

• Festas de 15 anos não eram eventos/shows !!!

• Não existiam emos nem modinhas de psy e reggae

• Dollar a R$ 1,00

• Quem tinha celular era rico

• Não existia orkut.

• Existia ficha telefonica

• Tv colosso Era Foda!

• Kinder ovo era 1 real.

• Crianças tinham tamagotchi (bichinho virtual) e não celular

• Se mandava cartinhas pra dizer que amava e não scraps no orkut

• Merthiolate ardia

• Colecionava tazos

• Do tempo qe fazia manha pro juiz vira cachorro no Super NES

• Tempo de que dava pra virar a cabeça dos powers rangers!!

• Gravaçao de arquivo só em disquete e nao em cartao de memoria

• Alugávamos fitas e nao dvd's

• Revelação de foto era irado!

• Brasil era Tri e posteriormente Tetra

pra falar de mim nada melhor que a mãe da minha mãe

Mamãe

acho que para falar de mim, nada melhor q ela, minha mãe!

GAME

O auge do video-game ocorreu nos anos 90. Graças aos incríveis avanços tecnológicos, os gráficos espantavam realismo (ou quase isso). Entre um avalanche de lançamentos, um jogo virou febre, moda, tese acadêmica e quase curso universitário no Brasil: Street Fighter 2.

Sinceramente, o que mais me encantou no jogo foi justamente o gráfico. A jogabilidade era boa, mas o cenário em movimento, as lutas em vários lugares do mundo, fazer tabela com a parede, esses detalhes eram magníficos. Só se falava em Street Fighter 2 nas locadoras e nos colégios.

Eu curtia lutar com o Zangief. O golpe do Pilão Giratório era bizarro, mas mortal. Meia lua inteira e soco forte. Da luta de estréia até a dancinha com o Gorbachev era um pulo.

Em tempo: Hadouken é para os fracos.



Eu citei Street Fighter, logo não podia deixar de comentar do, digamos, "rival" da Capcom. O maior - e talvez único - sucesso da Midway após PacMan. Um dos primeiros games a causar polêmica devido sua violência. Sim, estamos falando de Mortal Kombat.

Com mais de 70 arenas, 35 lutadores e 10 chefes e sub-chefes, Mortal Kombat fez tanto sucesso que até mesmo quem nunca jogou já ouviu falar em Fatality, Babality, Animality, Friendship e mais uma dúzia de golpes característicos do game.

O grande trunfo do Mortal Kombat sobre o Street Figther foi, talvez, o maior sucesso nos fliperamas. Virou até série de TV nos Estados Unidos.

É um game inesquecível pelo pioneirismo. Foi ele o responsável pela criação da Entertainment Software Rating Board, orgão responsável pela classificação dos games.



Após Super Mário Wold - sucesso estrondoso no SNES - a Nintendo sabia que precisava de algo grande para repetir a dose. Foi então que um daqueles japoneses cabeçudos teve a brilhante idéia. Que tal ressuscitarmos aquele game antigo, de 1982, onde o macaco ficava com a princesa e o Mário devia salvá-la, subindo escadas e fugindo de tartarugas?

Voltava ao mercado Donkey Kong, mas com uma repaginada e tanto. O macacão deixou de ser vilão para se tornar protagonista ao lado de seu fiel escudeiro Diddy Kong. Em Donkey Kong Country você fazia uma viagem fantástica pelo reino de Kong Roll, um terrível vilão que dominava o "mercado" de bananas.

A jogabilidade era semelhante com a do Super Mário. Isso fez com que o game caísse com facilidade no gosto da galera. Era o tipo de jogo que você torcia para não acabar.

E era tri legal quando tu recebia a ajuda de outros animais, tipo o rinoceronte, o sapo, o avestruz, o peixe espada…



Se hoje a molecada pira com Winning Eleven, na nossa infância a bola da vez era o folclórico International Superstar Soccer. O pai dos bons jogos de futebol, foi esse o responsável por milhares de campeonatos que entravam a madrugada fazendo duelos inesquecíveis. E digo mais: International Superstar Soccer foi melhor que Winning Eleven.

Vamos aos fatos. Em qual outro jogo você consegue derrubar o fotógrafo com uma bolada? Por um acaso, no Winning Eleven, você pode transformar o juíz num cachorro? No International Superstar Soccer, pode. Além de fazer gols fantásticos, tipo após dar um chapéu mexicano no goleiro e concluir de bicicleta.

Mesmo quem não gostava de futebol se impressionava com a fidelidade (para a época) das partidas. O jogo dava um laço nos antecessores, como o Fifa, da EA Sports, com seus goleiros batedores-de-roupa. Sem contar a narração em bom portuñol: "Grande jogada" ou "saque do goleiro".

Em tempo: Allejo era rei.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Coisas que marcaram minha infância: Brinquedos

Nenhum brinquedo foi mais almejado. Com visual de computador portátil, o produto da Tectoy - criadora do Master System - consiste em um dispositivo que faz perguntas sobre vários temas, como história, geografia e matemática. As perguntas você companhava por uma revista que era facilmente encontrada em bancas de jornal.

Era o seguinte: a revista, com centenas de questões, fornecia quatro opções de resposta: verde, azul, amarelo e vermelho. Para responder, bastava apertar o opção correta no aparelho. Simples. Para atrair as crianças haviam revistas da Turma da Monica, do Pato Donald e até do Sonic.

O Pense Bem trazia alguns desafios na memória que dispensavam a revista. Tipo jogo da memória e desafios de matemática, games que, além de divertir, incentivavam a criatividade e rapidez de raciocinio das crianças. Além disso tinha uma entrada para disquete totalmente inútil. Era só charme.

O momento mais significativo do Pense Bem na minha vida foi quando decidi abrir meu aparelho. Foi um grande acontecimento na rua. Rodeado por amigos curiosos, abri o brinquedo e descobri que ele era igual um controle remoto por dentro.

Foi a primeira grande desilusão da minha vida.



Um bastão de pirulito e duas hélices coloridas. Foi assim que o Pirocóptero acabou virando um símbolo cult dos brinquedos dos anos 90. O preço da guloseima era irrisório tamanho o encanto que o brinquedo tinha sobre as crianças. Aliás, houve um momento que ninguém comprava o pirulito devido ao doce, mas sim para encaixar de uma vez as hélices e sair atirando - e perdendo - o Pirocóptero.

O Pirocóptero foi criado na decada de 80, mas foi somente em 1991 que ele teve seu auge devido as propagandas durante o Show do Mallandro. Foi inclusive o Pirocóptero que levou Sergio Mallandro a usar aquele boné com hélices que você certamente lembra.

Ainda tem dúvidas sobre o sucesso do Pirocóptero nos anos 90? Então observe o número de membros na comunidade Eu Tive um Pirocóptero no Orkut.



Cara Maluca é o único brinquedo da lista que segue em circulação com o mesmo nome. Criado pela Grow, era o tipo de desafio bobinho que te prendia por horas. O objetivo é montar o rosto da carta escolhida antes que o tempo do cronômetro acabe e as peças saltem do brinquedo. Além de tomar uma baita susto.

O grande barato de Cara Maluca era o desespero com o passar do tempo. Se criança é afoita por natureza, sob pressão nem se fala. E ainda tinha o valor competitivo, pois perder para seu primo era a coisa mais humilhante do mundo. Além disso, era um saco juntar as pecinhas quando a cara "estourava" na sua vez.

Tirando essas coisa chatas, era assaz legal.



Pega Peixe foi o brinquedo mais usado como prêmio em festinhas de escola. À corda e altamente vagabundo, quebrava com uma facilidade incrível. Além disso, o imã que servia de isca vivia descolando, para o desespero de qualquer pré-pré-adolescente com espírito de Chico Bento da época. Mesmo assim, eu adorava.

Você tinha que "pescar" o maior número de peixinhos. Eles ficavam subindo e descendo, abrindo a boca e fechando por uns 30 segundos. Não valia pegar o peixe com a mão. Muito menos segurar a cordinha para fisgá-lo com maior facilidade. Para vencer, era preciso muita calma e paciência.

Hoje já não é tão vendido. Culpa dessa tal hiperatividade.



Lembra que eu abri meu Pense Bem? Pois então, o próximo brinquedo da lista eu sempre quis abrir também, mas nunca tive a chance. O Traço Mágico (Etch-a-sketch) me espantava pelo simples fato de você rodar dois botões e ele traçar o desenho. Era incrível, assustador, inexplicável para qualquer criança da época. Era definitivamente mágico.

Arthur Grandjean diz ter criado o Etch-a-sketch para a Ohio Art Company em 1959. Segundo ele, era um projeto experimental, sem grandes pretensões. Diretores da empresa negaram a comercialização do produto, alegando que era algo muito complexo para as crianças. Acontece que, durante a reunião, o filho mais jovem do presidente da empresa entrou na sala e ficou maravilhado com o Traço-Mágico. Graças a Deus.

Os executivos cederam e lançaram o produto. Em 1985, comemorando 50 anos de empresa, a Ohio Art Company decidiu relançar o Traço Mágico num formato mais moderno, aquele mesmo que você conhece. Foi o boom que faltava. Traço Mágico encerrou a década de 80 e entrou na de 90 como um das sensações do mercado infantil.



Comandos em Ação - Os colecionadores de Aventura foi o maior entretenimento da minha infância. Mais articulados que qualquer outra figura, a primeira vista lembravam o velho Falcon, só que bem menores. Vinham com acessórios ótimos como arminhas, capacetes, rádio- transmissores e viseiras. Cara, como era legal brincar com os Comandos em Ação.

O melhor presente de aniversário, Dia das Crianças ou Natal era uma nave ou carro da série. Tu perdias umas quatro horas montando e colando os adesivos, mas isso já fazia parte da brincadeira. Difícil era convencer teu pai que você podia, sim, montar sozinho. Mais difícil ainda era não quebrar o polegar dos bonecos.

A série foi produzida entre 1984 a 1995, num total de 124 "Figuras de Ação" e 98 veículos.



Brindes engraçadinhos sempre são uma atração irresistível para as crianças. No caso do Kinder Ovo, melhor que o brinde era a expectativa de qual seria a surpresa. Era moda colecionar os brinquedinhos do Kinder. Haviam coleções ótimas, desde simpáticos bichinhos até miniaturas de Samurais de metal. Ah, ainda tinha o quebra-cabeça que ninguém gostava de ganhar.

O Kinder Ovo estreou no Brasil em 1994. É vendido até hoje, exceto nos meses de verão. São lançadas, anualmente, cerca de 100 novas peças.

O chocolate em forma de ovo, com parte externa sabor a chocolate ao leite e interna chocolate branco, chegou a custar menos de R$1. Hoje já passou de R$2, chegando, em alguns casos, ao valor astronômico de R$3. Sendo tão caro, tornou-se um produto de luxo, restrito. Por esse motivo, muitas crianças e antigos fãs do produto - tipo eu - deixaram de consumi-lo

Coisas que marcaram minha infância: Propagandas

Um bom comercial de televisão muitas vezes flutua no imaginário do espectador durante décadas. São tipos de produções vitoriosas, que não somente divulgam a marca anunciada com eficácia como também marcam uma época. Com a evolução da produção gráfica e a valorização do profissional de propagandas nos anos 90, tivemos criações publicitárias inesqueciveis. Esse é o tema da série dos anos 90 de hoje.

As 7 coisas mais legais dos anos 90: Propagandas.

Como não ficar encantado pelas crianças vestidas de bichinhos que cantavam aquele jingle putaqueparilmente carismático da Parmalat? Criado pela agência DM9 e lançado em maio 1996, o comercial causou comoção nacional, fez a Parmalat distribuir 15 milhões de bichos de pelúcia e ver suas vendas crescerem 20%. Era o tipo de propaganda que você chamava a família pra frente da TV quando ela começava, saca?

Em agosto do ano passado, lançando sua nova linha de leites, a Parmalat organizou o reencontro dos meninos e meninas que interpretavam os bichinhos, agora adolescentes, em seu novo anúncio publicitário - dessa vez uma produção da agência África. A idéia era mostrar que os mamíferos cresceram, assim como a família de leites Parmalat. Para recriar a campanha, a produtora do anúncio montou um cenário similar ao da antiga propaganda.

Não fez lá tanto sucesso. Mas, convenhamos, ser comparado com essa obra prima é uma tremenda maldade.



Era absolutamente impossível assistir a antológica propaganda do Guaraná Antárctica e evitar o desejo de pipoca com o refrigerante. O jingle composto pela MCR marcou toda uma geração que ainda hoje lembra do "pipoca na panela, começa a rebentar/pipoca com sal, que sede que dá/pipoca e guaraná que programa legal…".

A campanha teve resultados imediatos. Seu objetivo era quebrar o discurso do guaraná Taí que a Coca-Cola tentava emplacar. Fora o "share" de mercado mantido e ampliado, o fato é que o VT criou o hábito da degustação do produto associado à pipoca. Meses depois uma versão do guaraná com pizza foi lançada.

O filme foi apontado como um dos "7 Mais" da propaganda brasileira em pesquisa realizada pela revista About, junto a 250 formadores de opinião do mercado publicitário.

A campanha foi uma criação exclusiva de Nizan Guanaes, à frente da DM9, com produção da Film, fotografia do Michel Chevalier e direção de Flávia Moraes.



Se você perguntar a algum brasileiro sobre uma raça de cachorros chamada Teckel ou Dachshund, pouquíssimas pessoas saberão de qual se trata. Entretanto, se a referência for o cachorrinho Cofap, a maioria logo se lembrará do cão compridinho e de pernas curtas que passou a desfilar serelepe pela publicidade da marca de amortecedores, fazendo qualquer coisa para garantir a segurança de seus donos.

A primeira fase da campanha, mais racional, aproveitava a semelhança entre o formato dos amortecedores e o do animalzinho. Entretanto, o cachorrinho Cofap caiu mesmo no gosto popular quando as mensagens adotaram um ar mais emocional, e o protagonista pôde ser visto, por exemplo, disfarçado de cego, pedindo esmola na rua para levantar uma grana para trocar os amortecedores do carro da família.

A idéia de usar o cachorro como garoto-propaganda da marca foi do presidente da Cofap na época, Roberto Kasinsky; executada pelo trio Washington Olivetto, Gabriel Zellmeister e Ruy Lindenberg. Atualmente, o cachorrinho Cofap anda meio desaparecido, embora continue sendo usado pela marca, inclusive no exterior.



O quão gostoso é um beijo? Comparar o sabor do beijo com o sabor do chocolate Laka, era essa a idéia do filme lançado em 1997. Sucesso enorme, o VT mostrava uma típica conversa de meninas pré-adolescentes sobre relacionamentos e namoros. Porém, quando o assunto é beijo elas correm até a mais velha, a única do pequeno grupo com aparente experiência no assunto.

A edição é primorosa. Os detalhes captados pelo diretor da criação, idém. Na época que foi veiculado, não existia quem não adorava a menina no final que dizia "dar um tapa".

Doce como um beijo, singelo como um chocolate.



O típico tiozão. Cabelo impecável, suéter nos ombros e educado. No elevador, uma jovem atraente, nova no prédio. Ele tenta ser gentil, puxar papo. Ouve uma das mais genias frases da publicidades brasileiras nos anos 90: "tio, aperta o 21 pra mim?" - que depois virou "20″ devido ao surgimento do código da Embratel.

O anúncio criado pela Carillo Pastore em 1998 é a prova concreta de quanto uma campanha bem-sucedida pode não só cumprir a função de alavancar as vendas do produto anunciado, mas levantar também a imagem da agência que a criou. A agência conquistou reconhecimento expressivo em todo o País.

A campanha, que a princípio seria apenas um comercial e peças de apoio, terminou virando uma série de comerciais, sempre tendo como protagonistas o "coroa" (o ator Roberto Arduim, o "tio") e a "sobrinha", Machri.

E a Sukita, que não tinha uma comunicação expressiva há mais de três anos e que não era lembrada pelo público como refrigerante, liderou durante cinco meses o ranking de marcas mais lembradas.



Em 1995 a F-Nazca criou um os melhores comerciais de seu portfólio : "Formigas" para seu cliente Philco, produto da linha de som Apllause. O filme conquistou o mais importante prêmio da propaganda: Leão de ouro no Festival de Cannes. No final da década, "Formigas" foi um dos destaques da revista francesa CB News. A publicação se referiu à campanha como uma grande lição de simplicidade e humor irresistível com tempero brasileiro.

"Formigas" teve também repercussão na sociedade. Liderou por um tempo ranking de "recall", incomodou protetores dos direitos dos animais e até motivou trabalhos acadêmicos. Pesquisa de campo realizada anos depois da veiculação mostrou que as pessoas lembravam do comercial, sabiam que o produto era um aparelho de som, mas não o associavam à marca.

De qualquer forma, era um barato ver as formiguinhas voando. E o slogan? "Isso não é um som. É um tapa na orelha."

Perfeito.



No começo eu achei meio assustador. O fato é que a voz daquela pirralha dizendo "compre Batom" não saia - mesmo - da cabeça. Criado pela W/Brasil em 1992, o filme usava uma espécie de "hipnose" para convencer os baixinhos a torrarem o saco dos pais para comprar o chocolate. E causou um pequeno alvoroço quando lançado.

Algumas organizações acusaram a marca de usufruir de propaganda subliminar, um escândalo ainda maior naquela época. Outros diziam que o VT era apelativo, sem conteúdo, que forçava a crianças a algo. E, olhando bem, realmente era. A frase em tom de pedido é viciante. Porém, a mensagem é a que deve contar em qualquer bom comercial: "compre".

Cuidado ao clicar no play abaixo. Tu vais ficar com a voz da menina na cabeça o resto da semana. E hoje em dia não é tão fácil encontrar Batom…

Fui um grande fã de boxe. Minha experiência mais próxima com o esporte foi em 2002, quando ainda cursava o segundo grau. Ganhei uma aula grátis e fui todo pimpão para a acadêmia. Depois de um aquecimento intenso, o professor mandou eu subir no ringue. Tomei um soco no queixo, cai e fui embora. Hoje ando armado.

Enfim, essa breve história para lembrar de um personagem marcante da minha infância. Mike Tyson. Eu só comecei a gostar de boxe quando vi o Mike Tyson lutar pela primeira vez. E acredito que com muitos foi assim. Lembro-me como se fosse há 22 anos. Tyson massacrou Trevor Berbick e conquistou o título mundial de pesos pesados da WBC. Com 20 anos, foi o mais jovem pugilista a alcançar esse feito.

Era bacana ver o Tyson lutando. Ele conquistou um público novo para o esporte e o status de um dos maiores pugilistas da história. Não tinha pra ninguém. Nem mesmo para os anunciantes, que viam os milionários investimentos em publicidade acabarem com 40 segundos de luta. Tyson não ia ao ringue para dar espetáculo, mas sim para fazer seu trabalho e voltar para casa o mais rápido possível.

Tyson destruia. Era o cara.



Com todo respeito aos seus admiradores, nunca curti basquete. É um dos poucos esportes que não acompanho com entusiasmo. Sei lá, acho cansativo, arrastado, talvez pelas inúmeras paralisações. Até a NBA perdeu a graça pra mim. Principalmente após a aposentadoria de Michael "Air" Jordan. Pois, quer entretenimento de qualidade e lances absurdamente genias no esporte? Vá até o Youtube e busque por Jordan. É bizarro.

Jordan foi uma combinação singular de graça, velocidade, raça, força, talento artístico, habilidade e um forte desejo de competição. O homem simplesmente redefiniu o conceito de superstar no esporte. Hepta hexa campeão da NBA com o Chicago Bulls, Jordan teve uma assustadora média de 30,1 pontos em quinze temporadas. Se um dia eu vi um jogo de basquete até o final, ele estava em quadra.

Jordan, esse era o cara. E ainda controlava a gravidade e andava no ar. Sério.



Você ainda acorda domingo de manhã para assistir Fórmula 1? O problema é seu. Isso só valia a pena quando sabiamos quem realmente mandava nessa modalidade do automobilismo: Ayrton Senna. A bandeirinha brasileira na linha de chegada, o Tema da Vitória, até o Galvão Bueno se esguelando Ayrton, Ayrton, Ayyyyyyyyyyrton Senna do Brasil!!! fazia valer a pena ter queimado o último dia do final de semana levantando cedo.

Além de talento, Senna tinha carisma. Somente após sua morte, em 1994, descobriu-se que ele havia doado 50 milhões de dólares para as crianças carentes, fato que ele manteve em segredo durante a vida. Já o Instituto Ayrton Senna investiu cerca de 80 milhões de dólares nos últimos anos em programas sociais e em parcerias com escolas, governos, ONGs e setores privados.

Era uma verdadeira rotina começar o domingo com uma vitória do Senna. E ainda tinha um episódio do Macgyver depois do GP na Globo. É, ao lado do rei Pelé, o maior esportista brasileiro da história.

O Senna, não o Macgyver. Que também era o cara.



Três ícones do esporte no final dos anos 80/início dos anos 90. Três gênios. Três que você falava com toda a certeza do mundo: "esse é o cara no esporte dele".

Agora, eu pergunto: quem é o cara do boxe? Eu não faço a mínima idéia qual lutador detém o cinturão dos pesos pesados. Quem é o cara do basquete? Kevin Garnett? Steve Nash? LeBron James? Kobe Bryant? Falam tantos nomes, nenhum me chama a atenção. Cade o Dream Team? Perdeu pra Argentina esses tempos. E o cara da Fórmula 1? Alonso sumiu, Hamilton faz cada barbeiragem e o Massa ainda tem muito pneu pra gastar.

Eu tinha Tyson, Jordan e Senna como heróis da vida real. Tinham arqui-inimigos. Batalhas históricas e heróicas. Todo jovem precisa de um ídolo para se espelhar, ter como referência e inspiração. Mas eles sumiram. O esporte perdeu sua aura.

Ou, sei lá. Talvez eu não tenha mais os olhos mágicos de criança.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

CRUJ


Se tinha algo alem de futebol que me fazia ficar em casa era o CRUJ, depois que começou o programa era de lei que das 18 quando voltava da escola até as 19 eu estava em casa
depois saia pra jogar bola pula muro jogar taco.. etc.. mas antes era o cruj..
abaixo a historia deles.


Disney Club era um programa de televisão infantil produzido pela Disney. Tinha versões em vários países, inclusive no Brasil. A versão brasileira era transmitida pelo Sistema Brasileiro de Televisão – SBT, e também no Disney Channel.

Entrou no ar pela primeira vez no dia 28 de abril de 1997. Em sua primeira fase, era exibido de segunda a sexta, em rede das 18h às 19h, e em alguns locais, das 17h30min às 18h30min, pois algumas afiliadas do SBT exibiam telejornais locais das 18h30min às 19h; elas recebiam o programa gravado por via aérea e terrestre; isso até antes do fim de 1998), como o primeiro fruto da parceria entre o SBT e a Walt Disney Company. Na segunda fase, em junho do mesmo ano, passou para 19h até 20h, como estratégia para "chamar a atenção" pelas chamadas nos intervalos da novela infantil Chiquititas, que estreou no dia 28 daquele mês e ia ao ar após o Disney Club. A terceira fase começou quando três meses depois, o Disney Club voltou ao horário antigo de 18hs, mas com mais 15 minutos de duração, até às 19h15min. Desde a estréia, enfrentava a forte concorrência da Rede Manchete, que exibia desenhos animados japoneses no horário, mas esta emissora começava a perder grande número de afiliadas em cidades brasileiras; quando a rede retirou eles do ar, já que eram reprisados seguidamente há mais de dois anos, o Disney Club tornou-se o único programa infantil em sua faixa de horário.

Caracterizou principalmente o programa a impressão falsa deste ser ao vivo, pois os integrantes admitiram "fora do ar" , o que levava o telespectador a conhecer os "bastidores" do programa.

Em períodos de horário de verão, devido às grandes dimensões do território do Brasil e aos vários fusos horários, em alguns estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o programa passava nos finais de tarde. Isso gerava incoerência, já que os apresentadores diziam "Boa noite" em suas saudações.

O mais famoso bordão do programa era a despedida dos integrantes: "CRUJ, CRUJ, CRUJ, Tchau!".

História

Disney Club ou TV CRUJ (1997-2001)

A história do programa começa no início de 1997, baseada num programa de TV pirata que era transmitido secretamente por três crianças (que preferiam ser denominadas de ultra-jovens), através do sótão da casa abandonada ao lado da casa em que os irmãos Juca (Diego Ramiro) e Guelé (Leonardo Monteiro) viviam com seus pais. Por causa do trabalho, os pais deles passavam a maior parte fora de casa, já que os irmãos estudaram de tarde, embora a mãe deles ficasse pouco tempo de casa e chegava antes da noite. Juca conseguiu abrir a passagem secreta pelo armário que só abria com a senha "ALECTA VERMELHO". Lá dentro do sótão abandonado, Juca, com conhecimento como de um técnico de televisão, conseguiu reunir peças abandonadas naquele local e com os de casa, montar uma TV Pirata, com ajuda de Guelé e mesmo do melhor amigo desde a infância, Macarrão (Caíque Benigno), que recebeu o apelido por conta de ser ligeiramente gordo e por sua comida favorita. A antena transmissora era o guarda-chuva de Guelé. Havia também no sótão abandonado, uma mesa, um sofá e outra passagem secreta, que ficava por trás da única câmera que Juca tem.

No dia 24 de abril de 1997, Juca, Guelé e Macarrão fundam juntos o CRUJ (Comitê Revolucionário Ultra-Jovem), que quatro dias depois entraria no ar. Para poderem apresentar a transmissão, eles tiveram que usar disfarces e codinomes para não serem descobertos por agentes da TV (agentes que agem em todo o Brasil para descobrir sinais de TVs piratas). Com os nomes Juca/Caju ("Juca" invertido), Guelé/Chiclé (por gostar de chiclé de goma de mascar) e Macarrão/Macaco (que tinha uma máscara de macaco) formam a TV CRUJ. O CRUJ representava uma espécie de clube, onde os ultra-jovens poderiam desabafar sobre todas as injustiças que sofriam com os prós-ultra-jovens e ultra-velhos (adultos e idosos, na linguagem ultra-jovem), inclusive nos problemas que obtiam em casa, na escola, na rua e na sociedade.

Juca era o inventor, líder e presidente do CRUJ. Inteligente e determinado, era visto como ídolo pelo seu irmão mais novo, Guelé, que por sua vez, tinha um comportamento mimado e rebelde. Já Macarrão tinha uma personalidade mais alegre e engraçada, além de gostar muito de comer, ele ficava no comando do "play" e Guelé ajudava os dois. O mais famoso bordão do Macaco era do Caju e Guelé (mais tarde Malu e Pipoca), dando a seguinte ordem: "Dá o play, Macaco!". Logo depois o Macaco dizia: "É pra já!". Macaco também tinha outro codinome (Maca). O que se manteve foi o lema da turma que comanda o programa: "Não somos crianças; somos ultra-jovens e merecemos respeito!".

Além disso, a atração exibia desenhos animados produzidos pela Disney, que ficaram bastante conhecidos na época, como Timão e Pumba, A Turma do Pateta, que em junho desse mesmo ano incluiu na grade a TV Quack Pack e Bonkers. A partir de 1998, o programa diversificou outros desenhos como Doug, 101 Dálmatas, Marsupilami, Os Super Patos, Sardinha e Filé, entre outros.

Posteriormente, o trio de integrantes do CRUJ passou por alterações em sua formação. A primeira mudança do grupo foi a entrada, em junho de 1997, um novo integrante, mas era uma garota chamada de Malu (Jussara Marques), que chegou reivindicando um espaço feminino no programa. Posteriormente aparece com codinome Maluca apesar dos garotos chamarem de "maluca", devida ao gosto feminista, à cor preferida de cor-de-rosa, vaidosa e roupas extravagantes que nem estavam na moda da época. Ela veio de pára-quedas de avião após descobrir o sinal da TV Pirata, com ajuda do piloto a qual ela não revelou e entrou pelo teto da antena, o que levou os garotos a retirar a antena para que ela não caia em cima dela. Seus dizeres mais marcantes eram: "Eu não sou maluca! Meu codinome que é Maluca". No final de 1997, Juca, Guelé e Malu passaram de ano da escola, mas Macarrão foi reprovado.

No início de maio de 1998, o quarteto comemorou um ano do CRUJ atrasadamente. Entre janeiro a fevereiro de 1999,foram reprisados "melhores momentos" de 1998 do programa. A partir de março exibiram-se programas inéditos. Em setembro, o programa começou a fornecer e-mail para os telespectadores, embora tivesse mantido a comunicação por carta. No fim de 1998, Juca, Guelé e Malu passaram novamente de ano da escola, e o repetente Macarrão também.

No dia 28 de abril de 1999, o CRUJ comemorou 2 anos no ar. Como atrações: os cantores Carla Perez e Vinny, Osaka "O Ilusionista", Beto Carreiro e cerca de 30 ultra-jovens na festa e uma reinauguração do único estúdio da emissora pirata, com 4 televisões velhas da década de 80.

No início do mês de maio, uma nova personagem entra em cena: Ana Paula, amiga de Guelé e da mesma sala dele no colégio, convidada para fazer um trabalho escolar, descobre por acaso o esconderijo na hora da transmissão e ela aparece com cara à mostra e coloca o famoso nariz de palhaço vermelho e se apresenta Pipoca, devido à comida favorita dela. No mesmo mês, no dia 28 de maio, Macaco saiu do programa, pois o pai dele conseguiu o emprego em Curitiba, no estado do Paraná, o que levou família dele a se mudar de São Paulo para aquela cidade. Antes de Macaco sair, ele deu a Pipoca como no comando do "play", que por 2 anos era dele. Meses depois ela também é apelidada como "Ana P".

Em outubro, mais um novo membro entra: um menino rico vindo do interior do estado de São Paulo chamado Frederico (Murilo Troccoli). Ele entra da mesma maneira da Maluca: cai do céu de pára-quedas de avião e entrando o teto da antena, com o nome de Rico. Os pais dele iam de frequência para Miami, Estados Unidos e tinham terras no interior de São Paulo. Inicialmente, o rico usava um pano preto em que duas pontas amarradas atrás e outras duas para baixo, deixando apenas os olhos a mostra, mas houve problema, pois não gostou do disfarce e os integrantes arranjaram uma nova máscara: uma cara de cachorro com a cor de laranja e o nariz e pêlos pretos, que por coincidência ou não, depois que ele mostrou novo disfarce, as vendas dessa máscara similar aumentaram.

Durante o ano de 2000, o Disney Club passou a ser diariamente apresentado após a abertura do programa. Os integrantes comemoravam o terceiro aniversário, junto com o Macaco, que retornou para São Paulo por pelo menos 1 dia. O Disney Club permaneceu no ar até o dia 19 de janeiro de 2001, quando a TV CRUJ saiu do ar por conta da antena com defeito e os integrantes queriam tirar férias. Foram mais de 930 programas exibidos de segunda à sexta. Muito antes do fim do Disney Club, novos nomes dos rivais do CRUJ eram citados quando não estavam no ar.

No entanto, o Rico saiu do CRUJ em outubro, quando os pais decidem se mudar para Miami.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Utopia?


Começando um blog, uma foto Serelepe, mostrando uma criança, aparentemente feliz, despreocupada, com o que pensam, ou falam, simplesmente alegre por estar ali, sem ter o que pensar ou o que fazer, apenas vivendo, cada dia cada brincadeira, cada traquinagem, pula o muro da vizinha pra roubar goiaba não é nada, não é roubar é simplesmente comer, não é culpa minha à arvore não estar no meu terreno, só estava fazendo o que era meu por direito, assim como jogar bola na rua, por que tinham os carros pra atrapalha? Raro, alias raríssimo, a maioria vizinhos, todos conheciam geralmente gentis, uns utopia hoje em dia, ficar na rua até tarde brincando de esconde no prédio que estavam construindo na frente de casa mesmo, impossível, mas eu fazia isso alias nunca sozinho, sempre haviam pelo menos 7 na rua, não importava a hora, pulando muro correndo, alias com uma quadra pintava em cima da lajota e um abaixo assinado nas mãos impedindo que os carros passassem nos fins de semanas, e nunca ninguém reclamava, bons tempo bons tempos...